terça-feira, 18 de outubro de 2011

Análise de Sagarana

O livro de estréia de Guimarães Rosa escrito em 1946, já mostrou as inovações que o autor realizou,como por exemplo ,a originalidade da linguagem pelo o uso de neologismos(palavras inventadas)como o próprio nome do livro:Saga quer dizer canto heróico e rana espécie de.Logo Sagarana significa espécie de um canto heróico.Além disso Sagarana e outras palavras são inventadas a partir do hibridismo,ou seja,a junção de radicais de línguas diferentes
Sagarana é composto por nove contos,a maioria narrado em terceira pessoa.É um livro que já mostra o regionalismo de Rosa,pois trata do sertão mineiro,o povo, a jagunçagem,da religiosidade e o amor,que remete á cidade natal do autor,Cordisburgo,onde o autor sairá do regionalismo padrão da segunda geração modernista,para migrar á um regionalismo novo,com a fusão entre o neologismo e linguagem popular.Sagarana apresentará sertão universal,onde seus personagens terão crenças e reflexões psicológicas acerca do existencialismo da vida e de temas ambíguos como o real x mágico.O livro contém epígrafes,ou seja,um resumo logo na abertura do capítulo contento provérbios e cantigas do sertão mineiro.
Todas as características de Sagarana são apenas um aperitivo,já que elas seriam bem aprofundadas nas obras posteriores de Guimarães Rosa,como o Grande Sertão:veredas.

Um comentário:

  1. Tive o prazer em adquirir a segunda edição deste livro em um sebo em Sete lagoas há alguns anos e já o li algumas vezes. Simplesmente excelente!!!!! Todos os contos são muito bons, principalmente O burrinho pedrês,Sarapalha e Hora e a vez de Augusto Matraga que inclusive já virou filme mais de uma vez. Apesar de toda a badalação (justificada) sobre Grande Sertão:veredas eu prefiro Sagarana. Vale muito penar ler esta obra-prima do Grande escritor mineiro.

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